Monthly Archives: Agosto 2012

Sofrimentos do Jovem Werther – Goethe

um dos classicos, esse.. mas né, por mais dificil que seja falar dele, a gente tenta.

é um dos livros mais intensos que eu já li, e acredito que seja também dos mais intensos que já foram escritos. Primeiro porque o autor, Goethe, mantinha uma proximidade psicologica muito grande com o personagem principal, Werther; segundo pelo metodo que foi escolhido para escrever o romance, ou seja, por meio de cartas escritas pelo proprio Werther para um seu amigo, Por meio desses cartas, cria-se um efeito de confissão, de intimidade, através do qual conseguimos identificar nossos sentimentos mais profundos, e mais dificeis de serem descritos com aqueles que aflingem o jovem Werther.

não existe bom momento para ler esse livro, os sentimentos que consomem Werther, irão, de certa forma, consumir o leitor também, e os argumentos de Werther irão convence-lo. Isso que afirmo é tão verdade que, após o lançamento do livro, na Alemanha, houve uma onda de suicidios.

(mas não se preocupem, estou bem)

(… mais ou menos)

agora a parte MAAAAAAAIS legal, ou seja, a parte que coloco minhas citações favoritas. hehe

então, começando por uma curtinha:

‘O que eu sei, todos podem saber; meu coração, porém, somente a mim pertence.’

(um minuto de silencio, please, que essa é foda)

a segunda agora, muito boa também.

“Ah, como vocês são sensatos!!” exclamei sorrindo, “Paixão! Ebriedade! Loucura! Vocês, defensores da moral, tudo contemplam com tanta calma, tão indiferentes, vocês recriminam o bêbado, desprezam o louco, por todos passam como um sacerdote (…) Eu me embriaguei por mais de uma vez na vida, minhas paixões nunca estiveram distantes da loucura, e não me arrependo: porque foi assim que vim a compreender que, desde tempos imemoriais, foram considerados ébrios ou loucos os homens extraordinários, que realizam grandes coisas, coisas que pareciam impossíveis. Mas também na vida cotidiana é insuportável ouvir gritarem, quando alguém se comporta de maneira livre, nobre, inesperada: ‘Esse homem bebeu demais, está louco!’ Vocês, homens tão sóbrios e sábios, deviam envergonhar-se”